de todo poeta

De todo o silêncio nasce

Uma possibilidade

De todo afago cresce

Uma nova morada

Caminho em direções opostas

Desalinham se com meu ser

Sabotam me a carne

Todo poeta chora

Todo poeta reza

Todo poeta ama

De todo medo nasce

Uma solidão infindável

De todo desprezo cresce

Uma insegurança lástima

Caminho pelas encruzilhadas

Desato o nó, canto em ré menor

Rezo para os demônios

Saboto me a alma

Todo poeta mente

Todo poeta sente

Todo poeta morre

Lírio Gita
Enviado por Lírio Gita em 03/08/2018
Reeditado em 03/08/2018
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