Ao preto amado

Um sagrado demandado

Como posso dar de sair

Sem tua companhia

Precioso chá para leigos

Herança de quilombos

Tesouro colonial

Revelas em mim

Tua cor primordial

Preto amado

Como o preto de Drummond

Coado a meia hora

Nos corações acelerados

Ouso escapar pelado

Mas não hei de ignorar

A vizinha já tem visto

Se chamar-me à prosa

Eis outro pretin à tomar.

Comentário: Fugi um pouco de poesias melancólicas e existenciais, para engrandecer até as coisas mais simples e que nos agrada tanto. Como o querido café!!!