O NÃO SENTIDO
Segunda-feira lenta,
O sol desponta ao meio-dia
Quando acorda e se levanta
Reticente para o café frio.
Um gole preto, mais uma página
Da folhinha revirada,
Um dia a mais de chegada
Ao verdadeiro dia do porvir,
O segredo da aguardada morte.
Deixa as bengalas, os xales
No cabide suspenso que se move,
Andaime vivo de arame
Que dança, dialoga, ri, perquire,
Dá-lhe com bigode inútil um bom-dia.