Em vão, vão-se os amores...

           Um céu nevoento, sedento de bonança,
           um céu  gestante a parir tempestade,
           Um céu cinzento de triste lembrança
           fez ventos uivarem por toda cidade.

Um dia tão triste por lágrimas lavado
e um dedo em riste a tudo culpar,
e a incúria persiste, num mundo aloucado,
que a tudo insiste de ausência infestar. 

 

              Assim, alternam-se noites e dias,

              madrugadas insones, vazias e frias,
              Se o sal no fogo fosse jogado,

              essa tal tempestade não precipitaria.