Perda do eu.

Como uma tela brilha,

Cada píxel, cada imagem.

O efeito visual, atrai.

O emocional, treme.

Ver o que o outro tem.

Saber do corpo do outro.

Querer a realidade, assim,

Será que faz bem?

Hoje não precisamos de contato,

Uma câmera e um grupo validam.

Fotos fortes, tênues.

Sem valor, descartáveis.

No momento fugaz,

Analisada a realidade,

Nós descartamos o que,

Não nos alegra.

E nosso valor, nossa vida de cá.

Cadê nosso eu, meu, seu? Cadê?

Cadê aqueles valores bons?

Cadê o pronome? Na vida?

Será que é certo, real, esse não eu?

Será que vale a pena ser assim.

Não sei se é legal,

Mas rapidamente me fascina.

Mas na vida o eu meu cobra.

Cobra dias, valores, coisas.

Cadê meu eu? Pronto.

Outro eu levou e descartou.

Será que é preciso isso,

Para viver sorrindo,

Livre leve, curioso?

Perdendo seu? E o meu eu.

Ass: eu.

Mateus Neres
Enviado por Mateus Neres em 25/08/2017
Código do texto: T6094913
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