Carta para as amadas de Dante Alighieri

Ó poeta que é da ordem

Do santo padre de Assis

Que desceu aos frios pântanos,

À região infeliz

Que sentado no cimo da porta

Reflete sobre a tristeza e o gris

De quem teve oque buscou

E vive agora infeliz

Frente a dor e o desespero

Eterno e invulgar

Que nem Virgílio, Nem Horácio

Podem aplacar

Como mantra inocente repete e diz:

Beatriz, Beatriz, Beatriz

Que ao ver o purgatório

Vislumbrou o sol

E esqueceu-se por um momento

Do amargo Sheol

Era o belo sorriso

E o belo matiz

Do fronte marmóreo

Beatriz, Beatriz, Beatriz

E ao pisar no céu

No reino de Cristo entrar

Aos pés da Virgem e dos santos

Pode se contentar

Em saber que ali estava

Aquela que abrilhanta o dia

E por quem canta o sabiá

“Biá, Biá, Biá”

João Antonio Heinisch
Enviado por João Antonio Heinisch em 28/02/2017
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