"SEM DOR...DOR SOMBRIA"

Oh! quero ser aquela pedra!

Ao suor que cilindra,

Uma esfera daquela gente,

De baixo do sol quente.

Uh! A caminhada é ferrocíssima!

Trochas ao colo carregadíssimo,

lá do suor que atenua-se em altíssima

Gota ao chão misérrimo!

Ai! meus olhos acérrimos,

Saboreados pelo destino tão delgado,

De pesos celérrimos,

Que rompem o corpo fadigado,

Em fim, Ja não sinto dor, além da fome.

Além da fome, me consome

A dor sombria que some,

Sem direcção, nem nome.

Apenas sou esta estrada...

Nua, estreita, e alcatroada,

Até a cidade de dia. Ora, Entardecida,

E no dia seguinte Amanhecida!

"In Soversos poesias"

Written by Calvino Matola

On Monday, at 9:43 AM, in 29/08/2016

Kalvino Matsolo
Enviado por Kalvino Matsolo em 29/08/2016
Reeditado em 02/06/2024
Código do texto: T5743227
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