A madrugada

Então o mundo adormece

E tudo parece silenciar

Os ouvidos dos corpos ensurdecem

Para que a alma possa voar

Enquanto a vida cala

O imperceptível se manifesta

Do "tic-tac" contínuo que fala

À luz que passa por uma fresta

Uma tosse vinda de qualquer lugar

O som de um carro solitário

A respiração que ousa se pronunciar

O breu que se ergue totalitário

Na madrugada vive a igualdade

Enquanto as diferenças repousam

Não há tempo para maldade

Só as esperanças pousam

O pássaro em um canto prenuncia

Os sonhos que logo findarão

O despertar promete um novo dia

E o tingir do céu em um clarão

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 01/07/2016
Reeditado em 02/07/2016
Código do texto: T5684718
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