Sílabas da vida

Andávamos pela calçada, livremente, sem ter certeza do que poderíamos viver.

Raios de luz se fizeram presentes em nossas vidas.

Não era o que pensávamos.

Não era o que sentíamos.

Não era o que sonhávamos.

Mas a fina areia que sustenta o relógio do tempo rapidamente correu incólume.

Nuvens e sombras se fizeram presentes em nossas vidas.

Não era o que pensávamos.

Não era o que sentíamos.

Não era o que sonhávamos.

E quando se fez noite, esta veio de forma intensa e tenebrosa.

Nada ficou de pé, castelos de cartas ruíram.

Não era o que pensávamos.

Não era o que sentíamos.

Não era o que sonhávamos.

Era o que temíamos.

Nos proparoxítonos dos tempos, a escuridão.

Nos paroxítonos das vidas, o silêncio.

Nos oxítonos da alma, o fim.