Marcas do tempo

 

 

 

Viver é intenso, seja na dor ou na alegria, esquecer-se, largar-se...

sentindo-se viva, com os ventos soprando... e as nossas emoções

sem serem levadas para longe.

 

Nas noites de vã ilusão, banhar-se de sonhos

secretos que não se refletem diante do espelho.

 

Faz refletir no que são as marcas do tempo...

 

e que não se esconde na alma, antes afloram,

num vazio que não suaviza na estranheza do ser.

Sem brigar com o tempo, a solidão enraizada

persiste por dentro, ela veio antes de mim.

 

Contudo...

 

sentindo-me um tanto perdida, olhando as estrelas,

fugindo do silêncio da noite, nelas me reencontro.

 

Elas, até me ignoram, estão, à revelia das noites

quentes ou frias, desconhecem o amargor

de uma ilusão que não existe e que há muito se foi.

 

Os anseios também se foram, e tudo, não passa

de lembranças, o que sinto ou deixo de sentir

não importa,  o sono e o sonho é o destino

certo e ele é todo meu, já sonho sem esperança.

 

As flores se foram, o amor? - Ah esse nunca me acenou,

enquanto o meu jeito de amar, se perpetua sem despertar,

antes afoga-se em solidão, a solidão de sozinha amar.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 15/12/2023
Reeditado em 15/12/2023
Código do texto: T7954278
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