Varal
A vida que segue
Eu olho para o céu
E me imagino como um varal
Simples como aqueles antigos
As vezes vazio, sem nada a carregar
Sendo movimentado pelo vento
Solitário...
Apenas na companhia de pequenos prendedores
E assim seguimos
Até que nos colocam
Pesados fardos
E sob condições difíceis
Que nos obrigam a eliminar
Do fardo que nos colocam
O excesso e as impurezas
Nelas colocadas
As vezes o fardo é leve
E em pouco tempo resolvemos
Outras grandes e pesadas
Que nos obrigam a sermos fortes e flexíveis
Mas continuo firme
Sozinho ou com algum suporte
A lidar com tudo que me coloca
Sem nunca esmorecer
A vida é assim
Nas tempestades ou nas calmarias
Carregue seus fardos
Como um varal