O tal do tempo

Talvez o tempo tenha terminado com suas tentativas,tentações e testamentos de terceiros pra me fazer voltar atrás mais uma vez. Talvez Não.

Talvez o tal do tempo,sempre tão tenaz, tenha tentado mais umas tantas vezes tremer o teto tergiverso da minha tragicomédia particular,trazer meu velho personagem de volta a mim,nem que seja só mais uma vez. Talvez não.

Mas do tempo eu não cuido. Chega de talvez.

Convicções cisudas circularam em rapidíssimo rodopio….caíram de costas,coitadas.

Aquelas certezas, antes tão certas,não amenizaram a queda…também ficaram todas espatifadas.

É o fim da parada de pretextos,da soma de subterfúgios safados,das desculpas doentes.

É hora de reclamar, sem rodeios: -Que o teto rua de vez!

Espero ver escombros de vagarosos ideais de felicidade que já não me fazem parte.

Como única fundação,apenas a verdade.

E quem é de verdade.

No final das contas é sobre se reinventar pela última vez,com os dois pés no chão.

Teto tergiverso desabou,mas sobrevivi.

E me sinto vivo de vez.

Paulo Orlando Iazzetti
Enviado por Paulo Orlando Iazzetti em 23/11/2019
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