As Fases

O ciclo se inicia, junto à lua uma nova vida.

Não se pode ver ao todo, nem ao menos seu contorno.

À lua nova se enaltece, pois a ali a presença de uma criança em precedência.

Ela cresce! Mantendo um enorme sorriso no céu, enquanto a vida floresce, evolui e se engrandece. Prospera, pois avança em chutes e mostra sua presença.

Desenvolve e amadurece, se intensifica e fortalece, se alarga e se amplia, vendo assim a luz da vida.

À quarta crescente se expande de um universo seguro e aconchegante, para o cosmo hemisférico e imaculado. Um firmamento, de um milagre chamado nascimento.

Ela cresce! Em movimento engatinha, prossegue os passos, em macha, conhecendo os segredos da vida.

Crescente! Primavera. Chaga-se assim a puberdade, explorando as fazes, conhecendo assim os enigmas do amor, por amor. Se perguntando os porquês da vida.

Aperfeiçoa-se e cresce, se infla e se enaltece. Cheia, se engrandece, tornando feito, completo. Percebe a beleza da vida, vivida e sensata. Vendo-se assim a capacidade, olhando-se a totalidade, do lado inteiro de uma pessoa. Tornando-se cheia, maior de idade. A história continua, encontrar o amor que se procura. Vive-se para não existir, andar há dois, torna-se um. Iniciando novas fazes, precursor de uma nova vida, chorando de alegria, tonando-se assim um vanguardista.

Um decrescer! No céu noturno há uma afeição de tristeza, a lua minguante percebe que está perto o fim da vida. O inverno apodera-se da juventude, que já caminha superando a meia idade. O que era novo tornou-se antiguidade. Perguntando-se constantemente o que é a longevidade. O completo tornou-se meio, permanece a dor no peito, um nevoeiro de sentimentos enturva a mente. Um vazio, um silencio, solidão interminável.

Finaliza-se o ciclo, uma vida limitada, memorável, bem vivida. Se vai então pensando, por quanto tempo será lembrado.