Náufraga desse (a)mar

No rio obscuro da vida

existe um barco á deriva

nas águas paradas no tempo

deste tempo que se perde

na sombra das tuas brumas

O barco desliza inquieto, ávido

espera a luz do amanhecer,

onde o sol seque a umidade

que goteja perene de querer.

São tantas as gotas gotejadas

e tantas as fragrâncias exaladas

que em arrojado ondular desliza,

nas pacatas águas da vida

o barco náufrago, deste (a)mar

E lá… Onde se funde o rio e o mar

na meiguice de um raio de luar

tu barco, deixarás de te perder,

descobrirás os teus velhos remos

e nos braços de um renovado ser

permanecerás firme, pungente,

neste rio que o destino

não quer ainda destruir

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 22/03/2019
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