Presságio
Quem sois etéreas sinistras figuras
De negros mantos capuzes em cone
Faxo amarelo na área orbital
O grito travado ofegante
Arranca-me do plácido sono
E os vultos se evaporando
Como mensageiros do além celestial
A suave brisa refresca a memória
Vinda do imenso mar verdejante
De ondas espumantes que apagam
Minhas pegadas na areia fofa
Que me levam á imagem tosca
Da venerada e humilde santa
Protetora de todos os navegantes
Ali, angustiado sob o mau presságio
Tripulante da nau da vida
Sem destino e porto da chegada
Sem a carta do dia da partida
Curvo-me implorando à ela
Quando chegada a definida hora
Que proteja meus amores que ficam
Com a minha companheira amada.