O DISCÍPULO E O MESTRE

Se não for por virtude nata,

Que seja por experiência adquirida,

Mas que se leve a vida

Da maneira mais sensata.

— Como? — pergunta o discípulo.

— Refletindo! — responde o mestre.

O discípulo é toda gente,

De todas as culturas e nações,

Visto que ninguém nasce acabado,

Pronto para interagir com racionalidade.

O mestre é a razão inerente

Ao homem que se sabe necessitado

E consciente de suas limitações,

De aprender as lições de sociabilidade.

Com versos filosóficos, este poema pretende

Enunciar alguns valores humanos importantes;

Se conseguir convencer a mente

Do leitor das razões da sua mensagem,

Essa vitória ser-lhe-á gratificante;

Se não, a derrota terá decerto a vantagem

De mostrar à visão racional que a vida terrena é igual

Para todos, mas a visão filosófica dela é algo pessoal.

Para William Shakespeare:

“É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor."

Para Charles Chaplin:

“A vida é maravilhosa se não se tem medo dela."

Para Oscar Wilde:

“Viver é a coisa mais rara do mundo.

A maioria das pessoas apenas existe."

Para Fernando Pessoa:

“A liberdade é a possibilidade do isolamento.

Se te é impossível viver só, nasceste escravo."

Para Sigmund Freud:

“Somos de carne, mas vivemos como se fôssemos de ferro."

Para Victor Hugo:

“Vós, que sofreis, porque amais, amai ainda mais.

Morrer de amor é viver dele."

Para Vladimir Maiakóvski:

“Não é difícil morrer nesta vida. Viver é muito mais difícil."

— Por que cada pessoa vê a vida de um jeito? — quis saber o discípulo.

— Porque cada pessoa é uma individualidade cósmica única e insubstituível. Portanto, reflita e tome decisões de acordo com o que lhe aconselha a razão, não a razão do mundo, que faz da competição a norma universal da conduta social e o sentido precípuo da existência humana, mas, sim, a sua própria razão, aquela de vem do berço e lhe acompanhará até o túmulo — esclareceu o mestre.

A sabedoria popular traduz essa situação na seguinte frase:

“Os homens tristes creem que os ventos uivantes gemem, enquanto que os alegres acreditam que eles cantam."

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 18/07/2017
Reeditado em 03/10/2017
Código do texto: T6058019
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