Abrases-me

Uma noite de show e só...

Por que?

Quem disse que precisa ser assim?

E quem garante, que assim, não sejas?

Encontrar por um momento, em teu olhar, uma pausa,

desta correria absurda,

que no fim do dia,

só nos faz retornar à um quarto vazio.

No abraço da noite fria de outono as estrelas, a lua cheia, o mar, o silêncio, e o pensamento em ti!

Tão inesperado quanto uma chuva de verão,

Cheguei e tu também chegastes. E foi bom!

Sem exageros ou euforias mal interpretadas,

Coloco-me transparente e sem reservas:

espero que voltes... Abraces-me.

Não o quanto antes, mas a tempo, e em tempo,

de sentir teu perfume,

teu carinho e teu beijo.

Segurar teus cabelos, fechar os olhos, e estar ali, no teu calor...

Estranho escrever a palavra saudade...

E não ser demais!

E por que não?

Quando tu és a calma de uma noite de outono e sou a agitação, de uma noite de verão?

O poeta brilhou como sempre, no palco e diante de todos;

Mas, fostes tu, na calma do teu sorriso minha constelação perfeita!

Até breve. Ou não.

O que importa?

Importa que o invisível é presente, e essencial, quando não há mais palavras...

A vida é curta e breve.

O imprevisível: maravilhoso!

Planos? Felicidade. Hoje.

Enfim, sejas leve e...

Abrases-me; está frio e sinto falta de ti...

Simples assim.

Angel Cavalcanti
Enviado por Angel Cavalcanti em 27/06/2017
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