Abrases-me
Uma noite de show e só...
Por que?
Quem disse que precisa ser assim?
E quem garante, que assim, não sejas?
Encontrar por um momento, em teu olhar, uma pausa,
desta correria absurda,
que no fim do dia,
só nos faz retornar à um quarto vazio.
No abraço da noite fria de outono as estrelas, a lua cheia, o mar, o silêncio, e o pensamento em ti!
Tão inesperado quanto uma chuva de verão,
Cheguei e tu também chegastes. E foi bom!
Sem exageros ou euforias mal interpretadas,
Coloco-me transparente e sem reservas:
espero que voltes... Abraces-me.
Não o quanto antes, mas a tempo, e em tempo,
de sentir teu perfume,
teu carinho e teu beijo.
Segurar teus cabelos, fechar os olhos, e estar ali, no teu calor...
Estranho escrever a palavra saudade...
E não ser demais!
E por que não?
Quando tu és a calma de uma noite de outono e sou a agitação, de uma noite de verão?
O poeta brilhou como sempre, no palco e diante de todos;
Mas, fostes tu, na calma do teu sorriso minha constelação perfeita!
Até breve. Ou não.
O que importa?
Importa que o invisível é presente, e essencial, quando não há mais palavras...
A vida é curta e breve.
O imprevisível: maravilhoso!
Planos? Felicidade. Hoje.
Enfim, sejas leve e...
Abrases-me; está frio e sinto falta de ti...
Simples assim.