Maia
E agora maia, que me fez acreditar em ti?
Tantas flagelos, caramelos e fogos para me distrair
Contas de casa, carro, curso, pulso e nada mais
Quem diria, da tuas doces alegrias
das tuas preocupantes distrações
e nada que me fizesse perceber o que realmente é
Agora estou aqui, jogado só no que não consigo fugir
Onde nada é palpável e tudo tem um peso certo
Mas que não sei mais onde pedir
e minhas mãos se fazem a única realidade
e o que eu era, ou o que sou, só o tempo para admitir
Ô realidade que me consome,
tantos cumes e dramas, tanta sede e fome
Ô realidade que me cobra,
a consciência que me esnoba
e nada mais além de mim
Tantas dúvidas, tantas certezas
tantas proezas e só uma coisa enfim
Tudo passa!
Mesmo meu medo, meu jeito, meu eu
e o que sobra, nada além do que eu nem imaginava
Ô maia, por que gira tanto assim,
que nem me deixou olhar direito para mim?
Que no fundo mesmo, era só o que me bastava