Sublime
Assim, vou do chão me levantando
Um pouco de cada vez
Sem me importar com o tempo
Com as horas ou os dias
Sem pressa, firmo minhas raízes no chão
Ergo-me devagar, me estendendo para o céu
Sou apenas folha dessa árvore
Numa forma sublime chega o momento de me desprender de tudo isso
Ainda sem pressa
Me lanço ao vento que me balançava
E ele me carrega como se me fizesse ninar
Até me deixar nas águas de um lago
Fazendo parte da paisagem
Para eu curtir um tempo a flutuar antes deu me afundar
Sem pressa
Cem horas
Cem dias
Cem anos
Sem pressa
Aos poucos
Quem sabe um dia
Voltarei a me erguer
Para ter um novo
Ciclo do viver.