Sublime

Assim, vou do chão me levantando

Um pouco de cada vez

Sem me importar com o tempo

Com as horas ou os dias

Sem pressa, firmo minhas raízes no chão

Ergo-me devagar, me estendendo para o céu

Sou apenas folha dessa árvore

Numa forma sublime chega o momento de me desprender de tudo isso

Ainda sem pressa

Me lanço ao vento que me balançava

E ele me carrega como se me fizesse ninar

Até me deixar nas águas de um lago

Fazendo parte da paisagem

Para eu curtir um tempo a flutuar antes deu me afundar

Sem pressa

Cem horas

Cem dias

Cem anos

Sem pressa

Aos poucos

Quem sabe um dia

Voltarei a me erguer

Para ter um novo

Ciclo do viver.

Ricardo R Cardoso
Enviado por Ricardo R Cardoso em 15/05/2017
Código do texto: T5999929
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