Alma Cigana

Minha alma tem sede

de vida, de andanças,

descobertas, vizinhanças.

Tem fome

de afeto, afago,

um trago.

De festa, dança,

da saia que balança

ao sabor do vento,

do movimento

que flui como a vida,

de dentro.

Momento.

Desejo o que ainda não é,

ainda não há,

aguarda lá

o tempo do gestar.

Onda que virá,

sussuro da brisa,

sopro no rosto,

porvir.

Certo como as linhas

da mão estendida,

das cartas sobre o manto,

do riso após o pranto.

Como a lua se enche,

esvazia, renova

volta a encher.

Ive Lima
Enviado por Ive Lima em 23/04/2017
Código do texto: T5978776
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