Passageiro
Ah se só pudéssemos ter o direito de ter sonhos,
depois que entendêssemos a força que temos para conquistá-los,
mas sobretudo, da força que precisamos para modificá-los!
Se entendêssemos que a nossa força não parte da boca,
mas na compreensão das nossas fraquezas.
Na verdade, talvez nem a teremos se a contássemos.
Ah se só espalhássemos nossas fraquezas
depois de minimamente reconhecê-las, enfrentá-las,
nem que para isso, diariamente repudiássemos a nós mesmos!
Ah se fossemos só o fim, sem começos e meios...
Como uma frondosa árvore que dormiu semente.
Se soubéssemos que nada adianta resmungar e reclamar,
como se o mundo real parasse pra escutar.
Entenda, não importa o que aconteça,
teus sorrisos são sempre verdadeiros,
mesmo que ouse tê-los nos dias mais nublados e desordeiros.
Se pudéssemos sempre depositar os débitos nas contas alheias,
e a alma estivesse limpa, branca, transparente...
Ah se soubéssemos que a vida nos requer sempre aprender,
para melhor ensinar!
Que liberdade mesmo só chega para quem ousa conquistar!
Se soubéssemos que o tempo ideal, o mundo ideal,
é aquele que não é ideal, mas é real.
E logo soubéssemos que aquilo que pode nos escravizar,
na verdade só nos desafia a viver, a mudar, a crescer!
Interação de Marília (Anésia),
"Ah, se tivéssemos a ousadia de aprender que nada é pra sempre, que tudo é passageiro, e que assim como os dias bons, os ruins também se vão..."
Muito obrigada, menina Mari!
08/04/2017