O menino e o balanço
Ele empurrou o portão,
Com a cabeça abaixada,
E viu uma casa triste;
Que parecia abandonada.
Em cima do gramado verde,
Que ele logo pisou,
Avistou um balanço velho;
E logo se balançou.
Olhos fitados no horizonte,
Com a expressão parada,
Sentava no seu balanço;
Sem pensar em nada.
Em sua mente,
Havia tantas histórias,
Mas suas lembranças;
Eram tristes memórias.
Ao olhar para a casa,
Algo lhe chamou a atenção.
Era uma senhora;
Com uma triste feição.
Com a boca aberta,
E sem dizer nada,
Ela olhava o menino,
E se perturbava.
Ela chamou a sobrinha,
Sua última companhia,
E logo a questionou;
Não acreditava no que via.
Era o seu neto querido,
Que a vida lhe tirou?
Ou era um intruso,
Que brincava com sua dor?
Depois de um encontro,
Carregado de emoção,
Houve uma conversa;
Que desfez a confusão.
Não era o seu neto falecido,
Era um menino sem lar.
Não era um substituto;
Era alguém para amar .
-Robson Souza.