não falo as coisas
não vou lhe falar as coisas
não quero lhe fazer nenhum bem
não vou lhe falar
da manhã e a brisa leve
não vou lhe acordar também
da rua que trafegas todo dia
estas sóis ou és ninguém
não olhas a banca de revistas
nada ali lhe atrai
quero que te sintas assim
sem sentir nada
nem o bem nem o mal
o riso de teu filho escondido de ti
esta no tempo que ficas
olhando lá fora além
aqui dentro nada tens
da vida nada sentes
apenas vivas como me convém