Amoralidade
 
Caem ao lado os costumes e a moral
Que se aceite tudo como muito normal
À minha frente apenas triste podridão
E querem que eu entregue meu coração

Discrepância dos actos em que estou
Vozes e gemidos, que de ti se distou
No corpo amargo assim pagou o preço
Num olhar, o ser vagabundo sem apreço

Frases e gestos atirados sem nexo
Eufemismo egoísta ferido na alma
Nem demónios, nem anjos têm sexo
 
Vivências solitárias mortas em terra
Desgosto deprimente doente acalma
Desejo do corpo que assim se desenterra!

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 18/08/2016
Código do texto: T5732464
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