A esmo.
A esmo feito
brisa matutina,
vão-se pensamentos,
leves e soltos.
Rabiscam na existência,
o transmutar do tempo,
vão como folhas secas,
transportados ao vento,
aos sopros derramam-se,
do coração.
Já nem sei à margem
da estrada,
mas, os anos não me
pesam,
são como confetes.
A alma matreira,
guia-me feito candeeiro.
Junto a mim os fortes
e os bravos,
e se na face tenho,
os anos assentados,
não me entristeço
e nem padeço.
A vida é assim,
agrega efeitos.
E dessa existência,
não sou réu e
nem juiz.
não nasci querubim
e tão pouco jasmim.
E fiz ninhos,
até sobre espinhos.
Deusa Orquídea.