Como árvore seca

Revelava-se como um objeto inacabado

Queria ser translúcida e se via obscura

Não se distinguia em meio ao contexto

Sem pretexto, revestia-se de armadura

Árvore de primavera

Assim era ela desfilando cores e amores

Instigava paixões experimentava sabores

A vida parecia-lhe como poesia tão bela

Implacável é o tempo que sempre atento

Sem alento, consumia-se em amargura

Após sofrer dissabor por culpa do amor

Desmanchava-se em sua dor

As folhas de outono caem ao vento

Em sua memória uma imagem noturna

Atrás, a lua cheia como fogo, luzia distante

Em frente uma árvore seca, um desalento

A luz projetava a sombra aos seus pés

Inclinando-se prostrada em pensamento

O pranto que escorria pelo seu rosto

Denunciando muito desgosto e tormento

Veio a chuva lavou a paixão, é outono

As folhas secas rodopiando pelo chão

Passou o inverno, enfrentou seu inferno

Trouxe nova esperança ao seu coração.

Em 2006, principiaram os eventos que inspiraram esta poesia.

James Assaf
Enviado por James Assaf em 31/03/2016
Reeditado em 31/03/2016
Código do texto: T5590867
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