O último vôo!

Que me arrebate a vida

Nem que duro eu tenha que viver.

Asas cansadas do vôo

Num galho oco de árvore,

Observar atendo o entardecer.

Olhos e asas exaustos

Por tudo ver e muito voar,

Repousar tranquilo o meu sonho,

De passarinho inda ser.

Cruzar feliz o belo azul do céu

Num vôo gracioso de infinita beleza,

Voltar sempre a ser passarinho,

Uma célula, um todo de soberba beleza.

Mas quando findar os meus dias,

Ainda que jovem eu seja

Compreender esse ciclo da vida,

Sucumbir com graça a determinação da natureza.

Valéria Nunes de Almeida e Almeida
Enviado por Valéria Nunes de Almeida e Almeida em 27/03/2016
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