Não me condeno

Não me condeno.

Não mais, depois que acabei com tudo.

Não sabia se iria escapar vivo,

mas sai quase ileso mesmo morrendo aos poucos e lambendo as feridas dos arranhões adquiridos pelo caminho.

Retirei os espinhos cravados dos meus pés descalços

E das minhas roupas rasgadas ao passar por brecha estreita.

Minhas cicatrizes ficarão, mas elas não são letais.

Farão parte das memórias de quando os vendavais

Me balançavam e me condenavam a morte.

Meus sonhos serão reprojetados e alcançados.

Meu corpo, minha alma, e o meu coração tiveram

Abalos irreparáveis, sobre tudo no tocante ao amor.

Essa cicatriz quase pôs fim a vida e os sonhos,

Deixo para trás esse triste episódio sem voltar o rosto

E sigo enfrente ciente que flores existirão

E nos jardins que eu pisar rosas florescerão

Águas brotarão das fontes que eu alimentar

Não vou mudar meu rumo, ele não é mais de dúvidas

fernando brasil
Enviado por fernando brasil em 07/05/2024
Código do texto: T8058291
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.