A culpa são das flores!

Já procurei pelas quatro paredes, pelo teto, e as gavetas da estante

No meio dos livros, e dos destilados, até no fundo da taça, depois de beber a vinha

No som, e no rangido da porta... Ao vento, no escuro e na luz

Nem na poeira da vidraça, da janela, aceita meu toque, procuro dedilhar

E o atrito, se faz esmaecer, os olhos, nos lábios nem saliva

Do entardecer, o prenúncio da noite... A mercê, com a solidão...

E o silêncio, até ele de mim esqueceu, no fundo da minha alma, saudade

E um alvoroço que sou incapaz, de consertar... Diante minha fraqueza...

Que foi mais forte por temer... A astúcia de quem tem o poder!

Tão tênue a noite a fitar com a rebeldia da lua;

O alvoroço sem cessar, quebranta a luz com alquimia;

E dentro do anel de Saturno, não capaz, de esconder toda a felicidade, e a mercê,

De olhos, desavergonhados que sugam a seiva alheia

E lançam espinhos e pedras, até destruir... A áurea, e o abismo entre o bem e o mal,

Provocam, até quem carrega o perfume, o tão perfeito aroma das flores nas mãos,

E puxam pela leveza das pétalas, a pureza, e ingenuidade deixando um labor

De que a culpa são das flores!

Mestre das Letras
Enviado por Mestre das Letras em 26/04/2024
Código do texto: T8050149
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