O FARDO DE SER

Sou o silêncio que já não há mais nada a dizer

O fim do vento e a calmaria da ansiedade

Sou o sepultamento das névoas finas que me caem a mente

A mensagem de quem há muito não diz nada

Por fim, sou o receio de quem nada teme

A bíblia de quem se isola e se abstém

Sou o raio que corta o céu em um dia de sol

E a tempestade que chega com a solidão

Ser eu pesa e assombra

Ser eu cansa e congela

Ser eu queima e afoga

Ser eu é caos e trégua

Ser eu é ser ser só e nada

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 13/04/2024
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