Descompasso
Vivo em descompasso
A humanidade anda em linha reta
Meus segmentos vieram tortos
E me enfio nas mazelas
Os confins que me levam para casa
São distantes do natural
Percorro uma rota única
Em que não há ninguém normal
Corro para longe
Da minha própria natureza
Porque, por mais que dita virtude,
Desejo uma única correnteza
Sigo me abstendo
Para longe do sofrimento
Inacabado, escondido
Feito meu próprio sentimento
Onde não há interpretação,
Não há uma única objeção
A quem sou, quem posso ser
Ou quem infernos serei.