Criatura
Na escuridão do meu isolamento,
Me escondo, buscando refúgio do tormento.
Me contorço nas sombras da aflição,
Sem possuir nada além de ilusão.
A angústia persistente, perdida no vazio,
Se transforma em um abismo sombrio.
Apenas sobrevivo, busco resiliência,
Nada compreendo, sigo na ignorância.
No vazio, a dor encontra seu abrigo,
Caio, perdido na agonia, sigo.
Assim é a jornada da alma solitária,
Uma vida amarga, sem glória ou alegria.
Afundo, mergulho num abismo sem fim,
A realidade se desvanece, ninguém espera por mim.
Criatura solitária neste mundo vazio,
Nada faz sentido, nesse vácuo sombrio.
Tudo desmorona, desfaz-se em pó,
A decadência reina em meu espírito, sem dó.
Sinto o colapso, o caos interior,
Vivendo a tortura, saciando-me na dor.
Ah, carne desgastada, espírito desolado,
No fim, o pus se mistura ao passado,
Putrefata, impregnada de pecado,
E enfim, meu corpo se desfaz, se libertando desse fardo.