Criatura

Na escuridão do meu isolamento,

Me escondo, buscando refúgio do tormento.

Me contorço nas sombras da aflição,

Sem possuir nada além de ilusão.

A angústia persistente, perdida no vazio,

Se transforma em um abismo sombrio.

Apenas sobrevivo, busco resiliência,

Nada compreendo, sigo na ignorância.

No vazio, a dor encontra seu abrigo,

Caio, perdido na agonia, sigo.

Assim é a jornada da alma solitária,

Uma vida amarga, sem glória ou alegria.

Afundo, mergulho num abismo sem fim,

A realidade se desvanece, ninguém espera por mim.

Criatura solitária neste mundo vazio,

Nada faz sentido, nesse vácuo sombrio.

Tudo desmorona, desfaz-se em pó,

A decadência reina em meu espírito, sem dó.

Sinto o colapso, o caos interior,

Vivendo a tortura, saciando-me na dor.

Ah, carne desgastada, espírito desolado,

No fim, o pus se mistura ao passado,

Putrefata, impregnada de pecado,

E enfim, meu corpo se desfaz, se libertando desse fardo.

Bruna Senhor
Enviado por Bruna Senhor em 16/10/2023
Código do texto: T7910144
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