Só...

Só no silêncio da noite estrelada,

Sinto a melodia da minha alma despertar,

Através das palavras que não foram ditas,

No eco suave que o coração faz ecoar.

Só no abraço apertado da solidão,

Descubro as sombras que habitam em mim,

E na escuridão, encontro a luz perdida,

Que ilumina os caminhos do meu jardim.

Só no sorriso tímido da aurora,

Vejo a esperança pintando o horizonte,

E na brisa suave que acaricia minha face,

Sinto o renascer de sonhos que se escondem.

Só na tristeza profunda de uma lágrima,

Transbordo sentimentos que não posso conter,

E nas palavras escritas com dor e saudade,

Liberto a alma e deixo-a fluir e viver.

Só na grandiosidade do universo vasto,

Me descubro pequeno diante da imensidão,

E no encontro com o divino que me abraça,

Sinto-me parte de algo maior, em comunhão.

Só na simplicidade de um gesto sincero,

Encontro a verdade que me faz transcender,

E na sinceridade de um amor verdadeiro,

Desvendo o mistério de amar e ser.

Só na eternidade de um momento efêmero,

Guardo memórias que jamais irão se apagar,

E no tempo que escorre como areia fina,

Reafirmo que viver é amar e sonhar.

Só... um pequeno adverbio que carrega tantas possibilidades,

Que revela a essência da vida em sua singularidade,

Só... a poesia que transborda do coração,

E se faz presente em cada verso e em cada inspiração.

PauloPereira
Enviado por PauloPereira em 29/06/2023
Código do texto: T7825402
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