PALCO DA REALIDADE

 

Na avenida da insanidade

Não sei mais o que é vida

Não sei o que é verdade

E nem onde fica a saída

Para se perder na cidade.

 

Pelos becos do labirinto

Eu sigo batendo cabeça

Anoto tudo que eu sinto

Antes que eu me esqueça

Rastejando só por instinto.

 

Pelas ruelas da crueldade

Ferido, sangro a essência

Do que era solidariedade

Atuaram sem clemência

Sobre o palco da realidade.

 

Pelas trilhas da escuridão

Apalpo uma rota qualquer

Que me tire desta solidão

Que não corroa a minha fé

Ou a leveza d’uma afeição

Pelo sorriso de uma mulher.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 17/03/2022
Código do texto: T7474493
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