SOLIDÃO


Linhas que separam o mar do oceano,
Pedras que machucam os pés nas caminhadas,
Choros derramados todas as madrugadas,
Erros e acertos de mãos dadas.
 
Luz que se apaga no final do túnel
Plena covardia em desatino,
Sentimentos não revelados,
Tudo para dar errado.
 
Mágoas no passado que desfloraram
No presente,
Filhos descalçados e pais ausentes,
Pergunta sem resposta a própria
Vida.
 
E a dor se alastra virando ferida,
Abrigo-me a sombra a calmaria,
Pergunto ao tempo se me levaria,
Ao sepulcro mais fundo a terra fria.
 
Quando nas noites não se enxergam
As estrelas em lua cheia,
Inspira-me o cintilante rastro negro,
Amanheço o dia ao som do realejo.
 
Solidão que deixam marcas e sequelas,
Como um pintor que pinta um quadro
Em aquarela.
O palpite do coração é ainda mais forte,
Quando chega o amor aprisiona a morte.
 
O sorriso vai aparecendo aos poucos,
Aos poucos,
A alegria envolvendo o outro,
Não a tempo de separar as alianças,
Mas sim de dormir juntinhos em nossa
Cama.
 
Solidão, rastro de incerteza e raiz da desilusão!
 
Solidão não pode ser o caminho da perdição,
De quem já perdeu todas as esperanças.
Confie!
 
 
 
 
 
 
 

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 03/11/2020
Reeditado em 22/11/2021
Código do texto: T7102964
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