Na poeira dos sonhos

As noites silenciosas pedem, pedem, pedem por saber amar

Pedem até se tornarem madrugada, e eu continuo sem saber de nada

Esses silêncios se materializam muito mais do que os meus sonhos.

Derrama o teu amor pela minha garganta abaixo

Como mel pelas flores da noite eu peço, me ame

Pois eu não conheço mais a solidão, ela é quem me conhece

Me tire daqui, rasguemos as estrelas com os nossos nomes

Façamos um Estado interventor de sonhos no fim do universo que encontrei em seus olhos

Como se faz? Como? Eu quero saber amar

Até agora só amei a sonhos, e nenhum deles me correspondeu

Sonhos nunca correspondem a ninguém

Os pesadelos são menos destruidores.

Me leve pelo rio infinito e prometa, prometa que é de verdade

Prometa que você não se desintegrará em poeira de sonhos quando eu acordar chorando e soluçando como se o inferno estivesse lutando para sair da minha garganta.

Lumontes (Lucas Montenegro)
Enviado por Lumontes (Lucas Montenegro) em 06/02/2018
Código do texto: T6246889
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