Vida após Vida
Eu me sinto corroído por dentro
Como cera em metal quente
Aquele barulho que estrala em todo canto
E só consigo lembrar das marcas de queimado pelo corpo
Aquelas que fiz sem pensar
Sem nem imaginar como seria
Fecho os olhos e minha mente não me deixa dormir
Quando os abro minha mente continua ali
Pregando peças comigo
Me fazendo pensar demais
Lembrar de coisas que não quero mais!
Às vezes queria apagar minha memória
E esquecer de quem eu sou
Fingir que jamais dormi com ninguém
E ninguém pela minha vida passou
Não ter memorias ruins
E ser como se tudo fosse novo de novo
E não tivesse que tomar nenhuma pílula,
Saber que não sou ninguém
E ninguém serei
É como ler um livro em que o livro é fim
Saber que jamais serei único
É como nascer de dentro do tumulo
E isso me frustra um pouco mais
As pessoas que passam e choram cais
São minha inspiração para cada história
Que crio na mente toda hora
E tento imaginar seus sofrimentos,
Se são mais belos que os meus
Se acreditam em algo
Talvez Deus
Se pensam na vida antes de dormir
Se morrem com fome ao sucumbir
Cada pensamento
Talvez eu não seja nada em meio a tudo
Talvez eu me sinta a todo tempo no escuro
E mesmo que alguém apareça e puxe minha mão
Mesmo que mais um seja sermão
Sempre resolvi tudo sozinho!