A Solidão que Cura

Naquele caos no qual vivia,

Eu não conseguia ver a paz.

Pensava eu que minha força conseguiria

Mas, decerto, aquilo não erra assaz.

Sei disso, em verdade.

Aquela harmonia confusa,

Mesmo com minha vitalidade,

Era a tanto intrusa.

Então procurei a satisfação.

Repararia aquele mal com meu vigor?

Necessitava pedir perdão

Sobretudo ao meu Redentor.

Senti-me realizado naquele dia.

Agitado e comovido,

Lágrimas acusavam melancolia.

Agora vivo!

Sossegado com meu próprio sofrimento.

Assim eu seguia:

Enjoado do meu próprio sentimento.

Eu necessitava de energia.

Naquele lugar ermo eu fiquei.

Aquela solidão foi vital

Posto sobre dois joelhos eu sentirei

A frieza daquela sinfonia sepulcral.

Daniel Lira
Enviado por Daniel Lira em 03/12/2017
Código do texto: T6189120
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