Saudade voraz

Quando a noite tímida e cálida

Vem se esgueirando mansamente

Pela fresta da porta entreaberta

Eu vejo a lua resplandecente

Que surge majestosamente

Entre nuvens que bailam no horizonte.

Bem lá no fundo do meu âmago

A solidão é como um punhal afiado

Que fere minh'alma mortalmente

Aniquilando os sonhos que restaram

De um amor que vivi intensamente

Ao desabrochar da primavera.

Ah, saudade voraz

Que não sai do meu pensamento

Faz-me esquecer esse amor atroz

Que só me trouxe sofrimento

E deixa-me seguir um novo caminho

Para que eu possa encontrar um novo amor!

Núbia Cavalcanti dos Santos
Enviado por Núbia Cavalcanti dos Santos em 27/10/2017
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