O Casebre

Um casebre tão pequeno

Só visto por quem aceitava o descaminho

Não tinha fechaduras, nem maçanetas

Para abrir a porta bastava empurrar de leve

Veriam uma mesa posta

Quitandas a se fartar

Da fome que consome,

O corpo da d'alma

Bastaria servir-se

Sentado ao lado da chama, crepitando na lenha do fogão

Um céu açucarado acima

Uma nata de estrelas

Tão poucos ali chegaram

Muitos menos abriram a porta

Quase ninguém provou,

A maioria voltou para o caminho

Perdeu-se o casebre

Deitado no colo do infinito

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 14/03/2017
Reeditado em 14/03/2017
Código do texto: T5940674
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