Devaneios...

Num belo entardecer busco meu canto...
E num canto esquecido da sala...
Minha guitarra silencia meu pranto...
E me tira do senso comum...
E me leva pra lugar nenhum...
E grita, e chora e ri...
Me faz pensar em Goethe...
Me faz sussurrar Camões...
Me trava em suas canções...
E me dá delírios poéticos...
E céticos...
Profana um sentir, ou sentires...
Não sei... Apenas sinto...
E minto, e finjo não ser comigo...
Mas o espelho reflete minha alma...
E o gozo esquecido do encontro...
Com minha morte anunciada...
Tardia, leve, pesada...
Incita minha serenidade...
E encerra este pensar...
Com não pouca, mas muita...
Maldade...