Quase um soneto

Eu que era toda solidão e desatino

na melancolia fúnebre que me cerca

mesmo em dia de chuva ou sol a pino

nada há nada em ti que eu não me perca.

Os lábios, o beijo e a tua presença

tornam-me ainda mais dependente

eu temo que a outra tu já pertença

e a mim toda essa dor seja crescente.

Se isso acontecer seja a morte

d'uma poetisa solitária e sonhadora

que padece ausência de sorte.

Sem nada esperar do horizonte

e nem aos céus pedir guarida

aguardando um raio de sol que desponte.

Diana Inácio
Enviado por Diana Inácio em 07/02/2017
Código do texto: T5904899
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