Coqueiro
Criei raízes em frente ao vasto mar
Essa mãe bipolar supostamente incontrolável
Cresci em meio aos ventos de agosto
Fortes ventanias, que no entanto, não me tiraram do lugar
Estou preso em um dos símbolos da liberdade
Nunca feito para ser amado, mas que mata a sede dos amores
Moro em exposição a lua, me alimento do sol
Me sirvo da terra, canto com os pássaros.
Presente apenas para os apreciadores da solidão
Ausente para todos os restos
Um solitário sonhador
Um coqueiro estacionando na orla de Salvador.