Poesia de escada e corredor

Sou perdido pelo fôlego

Meus olhos inteiramente cegos

Inteiramente sem sentido

Espírito corrompido

Eu tenho um certo medo

De sair tão cedo

E o meu corpo virar poeira

Ser derrubado na beira

Vou dançando pelos cantos

Sou um que fico em recantos

Talvez minha luz seja limitada

Ao acaso de minha vida espelhada

Fecho-me num lugar vazio

Eu me perco em todos os desvios

Não me sinto a vontade de partilhar

O que meu coração pode encontrar

Nas escadas, vem o meu labirinto

Os degraus viram meu esconderijo

E as minhas palavras parecem desprendidas

Talvez não tenha percebido

Eu viajo no ventos fortes e frios

A vontade de ficar sozinho

Ninguém precisa entrar

A minha vida é um desandar

Feito de escritas

O desejo de confessar

Aquilo que não como nadar

Dentro de mim e pousar

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 09/09/2016
Código do texto: T5756047
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