A porta

Era escuro

Frio impuro

Sentado no chão

Esperando-te na escuridão

Olho a porta

Minh'alma que corta

Por não saber se entras

Ou se desapareces

O relógio vai contando

Os ponteiros vão descendo

Como os pingos de lágrimas

Que caem em minhas divisas

Era mais fácil ido embora

Pelo mundo afora

Não queria ser uma parede

Mas me seguraste como rede

As luzes são desligadas

Minhas partes desmontadas

Deito-me de coração

Naquele frio do chão

Eu olho para porta

Pensando que vais entrar

Eram apenas batidas para assustar

Aquilo que me corta

Entre logo

Faço-te um abrigo

Eu te dou meu abraço

Antes de ir para o sonho

Quero ainda ver seus olhos

E sentir tuas palavras

Antes de ir para o sonho...

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 31/07/2016
Reeditado em 08/10/2016
Código do texto: T5714321
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