Vinho e solidão
Era noite, em minha mão uma garrafa
Mais um gole e uma lágrima derramada
Eu me encontrava ali, entre quatro paredes
Um trago naquela hora me fazia falta
O som que lentamente percorria meus ouvidos
Fazia-me lembrar de quem eu sou, embora não seja
A luz iluminava o seu sorriso no porta-retrato
Voltava meus olhos para aquela garrafa
Buscando dentro de mim um motivo para sorrir
Olhando para a vida, deitada na cama
Recordando-me que um dia fui feliz
E dentro do seu peito um dia morada fiz
Hoje, embriagada com a solidão
Juro que guardo amor, com muita cautela
Aquelas lembranças que um dia falei que seriam eternas