Estrela Solitária

Olho para o céu e avisto uma grande estrela solitária,

pois não está em companhia de suas irmãs celestes.

O seu brilho é uma imagem do passado,

e talvez, nesse exato momento, nem exista mais.

Meus olhos continuam atentos, à procura de uma estrela

suficientemente amorosa para acolher um coração.

Tal como a primeira, também me sinto um solitário,

que dentro de breve tempo, quiçá nem exista mais.

A morte é ideia que muito me apraz.

Todavia, não penseis que busco a morte do ser.

Antes, tenciono matar o verdugo: a própria solidão.

Por certo, nunca observarei a morte de uma estrela,

porque a sua luz há de, por muito tempo, ainda permanecer.

E a esperança é tudo; ela me faz vislumbrar nossa constelação,

onde o brilho dos teus olhos, nos meus novamente brilharão.