O Farol de Almas

Luz branca, luz brilhante.

Ilumina noite e dia.

Brilha forte no horizonte e me faz companhia.

Se possui pérolas ou globos de isopor,

Se andas descalço ou sentes calor,

Se és bela ou mundana,

Fera, astuta, leviana,

Brilha.

E ela flutua, serena,

Tímida sem igual.

Um ponto fixo no horizonte

Cegando com sua luz pontual.

Não atrasa, não enfraquece

Anda a mim e obedece.

Não sei o que é.

Podia até ser o sol nascente,

Mas sob o manto escuro da noite se mantém.

Quem sabe é a lua toda exigente?

E como poderia, se tão próxima ao mar se contém?

Um, dois, três vinténs.

Mil arcas de tesouro.

Por um único vislumbre de sua real forma

Renego a todo o meu ouro.

Minhas aspirações, minha vida,

Todo amor do mundo.

Mostra a mim teu rosto

E mergulho em mar profundo.

Eu que pensei tirar a vida

Ir de encontro ao cruel destino.

Ao fim do túnel, nenhuma claridade

Só frio, desamor e maldade.

E você apareceu, singela incógnita

Firme ao embaraço

E vi o mar e o brilho, presos por duro laço.

Eis que me sento aqui e espero,

Logo vem quem eu quero.

Ou não, vai saber!

Permaneço frente à luz.

Qualquer coisa pode acontecer.

Ladra de Tinta Seca
Enviado por Ladra de Tinta Seca em 19/01/2016
Código do texto: T5516084
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