Solidão

Nas nuvens vaporosas do meu ser,

Observo as róseas nódoas se desbotando,

Sinto agora, que eu hei de morrer,

Quando a minha alma esvanece chorando

Quem poderia ver o formidável,

A dor que dilacera cada átrio de um corpo?

E o existir torna-se inseparável,

Como desejo agora de uma vez assim morto

E sentir os lábios roxos se calarem,

Meus dedos rijos sucumbirem perante o pó,

Quando na paz enfim me deixarem

Desatando da minha garganta esse triste nó

Talvez fosse isso apenas um mistério,

Algo que me causa a funérea desesperança,

Eis a paz entre as trevas do cemitério

É esta a minha imortal e saudosa esperança!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 22/06/2015
Código do texto: T5285898
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