Usina de Sonhos
Leve...
Como era leve
Como...
A dobra estagnava
Sobre as frestas
Turvas
Dos meus pensamentos...
Amarelo...
Como era
Amarelo...
O vazamento
Entre as águas que...
Rasgavam o alvoroço
Se adentrando em meus mundos...
Distante eu via:
Imergindo com o silêncio:
A cauda dos sonhos
Me tingindo de dizeres,
Me dizendo o que dizia:
Sua existência;
Uma outra cor.
Me dizendo o que dizias:
Sua existência,
Uma outra cor...
Envolto a ela, coagulava
Embaçando as margens claras,
O rio negro que morava em minhas entranhas;
Influindo
Pelas batidas da minha alma
As morfinas engrenadas que devoravam a minha existência...
Milhões de fragmentos se abortavam por ali
Se compondo num oceano: a sinfonia do silêncio:
O cemitério dos meus sonhos
Que esperavam renascer
Por entre as fontes desse corpo
Em outra fenda que abrigasse
Um outro ciclo de domingo
Num outro velho devaneio
Feito as batidas do meu tempo:
Todas, asas fabricadas
Que engrenavam em amuações
Emendada às pontes virgens
De todas as fendas por onde não fui
E ia... Transmutando na penumbra
A distorção do meu universo:
A ordem das cores
Pros confins dos meus abismos...
Sendo tudo o que seria:
Leve...
Como a escuridão
Das minhas cores amarelas...
- Berserker Heart